A partir de 1967, Cuba elegeu Carlos Marighella como o principal nome da revolução no Brasil e a organização que criara, a ALN, a mais bem preparada para desencadeá-la. Tanto entre a esquerda como entre a direita, sempre houve uma espécie de mística em torno das relações dos dirigentes revolucionários que receberam apoio de Cuba e, em particular, de Marighella com Cuba. No entanto, ao pesquisar o apoio de Cuba à luta armada no Brasil, em três momentos, ficou claro que suas relações com Marighella e a ALN não eram sem tensões e conflitos. E as contradições jamais foram resolvidas, mesmo depois da morte do dirigente, que culminou num dos episódios mais trágicos da história da luta armada no Brasil: a volta de militantes do chamado III Exército da ALN. O texto tem como objetivo, portanto, a divulgação de algumas entrevistas editadas, nas quais as relações de apoio e conflito entre Cuba e a ALN aparecem.