Colección
Archivo digital
Tipo
Documento
País
Organización
Fecha
1972-10-20
Categoría
Comunicado
Forças Guerrilheiras do Araguaia: Helenira Rezende, uma heroína do povo
HELENIRA REZENDE. UMA HEROÍNA DO POVO
Em luta contra forças militares da ditadura, a 29 de setembro de 1972 morreu a valorosa combatente das Forças Guerrilheiras do Araguaia Helenira Rezende Nazareth, conhecida entre seus companheiros pelo nome de Fátima e nas cidades onde desenvolveu atividade revolucionária pelo apelido de Preta.
No dia 28 de setembro, em plena selva, Helenira deslocou-se com o Destacamento a que pertencia para participar de operação contra o inimigo. Ao cruzar o caminho que leva à pequena corrutela de S. José, o chefe de seu grupo colocou-a de guarda no alto de um barranco a fim de vigiar a passagem de toda unidade guerrilheira. Depois de passar o primeiro grupo e enquanto esperava a passagem do segundo, viu surgir 16 soldados do Exército. O que vinha à frente, possivelmente o comandante, parou a tropa e com mais 2 praças, resolveu pesquisar o terreno. Dirigiu-se para o lado da jovem combatente. Esta decidiu enfrentar os adversários com o objetivo de avisar seus companheiros. Com uma arma de caça abateu mortalmente o sargento armado de FAL e granadas. Ao se retirar foi ferida nas pernas. Então entrincheirou-se como pôde e, usando um revólver 38, matou um soldado fortemente armado que se aproximava. Até que terminou sua munição, lutou com o grosso da tropa do governo.
Aprisionada, Helenira portou-se com dignidade própria dos melhores revolucionários. Os militares a maltrataram de modo brutal para que dissesse onde se encontravam os outros combatentes. Respondeu que podiam matá-la, pois nada diria. No dia seguinte, depois de sofrer as mais bárbaras torturas, foi friamente assassinada por seus algozes.
Helenira, antes de vir para as matas do Araguaia, era destacada líder estudantil. Como universitária de Filosofia em São Paulo teve ativa participação nas grandes manifestações de massas de 1968. Mais recentemente, pertenceu à diretoria da União Nacional de Estudantes, atuando em diferentes estados. Por fim, ingressou no movimento guerrilheiro para combater, de armas nas mãos, o governo despótico dos generais. Desfrutava de muita popularidade entre os estudantes de São Paulo, Bahia e Ceará.
A vida de Helenira é um exemplo de valentia, desprendimento e dedicação à causa do povo. É motivo de inspiração para toda juventude, para todos os democratas e patriotas. A História do Brasil assinala poucas atitudes tão heróicas por parte de uma mulher como a desta corajosa guerrilheira. Três gestos marcam sua trajetória de lutadora da liberdade e da emancipação nacional. O primeiro foi sua incorporação voluntária às FF GG do Araguaia, fato que, por si só, revelou imenso destemor. O segundo consistiu na denodada decisão de enfrentar sozinha uma força numerosa para garantir a segurança de seus irmãos de ideal, liquidando, apesar da enorme inferioridade de armas, dois inimigos. O terceiro se expressou na posição serena de preferir a tortura e a morte a trair seus companheiros.
Não foi em vão o sacrifício de Helenira. Sua atitude despertará um número sempre maior de jovens na luta contra a ditadura, pela democracia e pela libertação do Brasil do jugo imperialista. Impulsionará o ânimo combativo dos que já se opõem à tirania e ao domínio da Nação pelos monopólios estrangeiros. Ajudará a revolução a avançar. O lugar deixado por Helenira nas fileiras da guerrilha, no correr do tempo, será ocupado por milhares e milhares de novos lutadores. Uma causa que faz surgir pessoas com as elevadas qualidades morais desta destemida revolucionária só pode, mais dia menos dia, ser vitoriosa.
As FF GG do Araguaia orgulham-se de terem tido como um dos seus membros uma combatente como Helenira. Por isso, o Destacamento a que estava incorporada terá, de agora em diante, seu honrado e glorioso nome.
Em algum lugar das selvas da Amazônia, 20 de outubro de 1972
O Comando das Forças Guerrilheiras do Araguaia
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HELENIRA REZENDE. UNA HEROÍNA DEL PUEBLO
En lucha contra fuerzas militares de la dictadura, en 29 de septiembre de 1972 murió la valerosa combatiente de las Fuerzas Guerrilleras de AraguaiaHelenira Rezende Nazareth, conocida entre sus compañeros por el nombre de Fátima y en las ciudades donde desarrolló actividad revolucionaria por el apodo de Negra.
El día 28 de septiembre, en plena selva, Helenira se desplazó con el Destacamento a que pertenecía para participar de una operación contra el enemigo. Al cruzar el camino que lleva al pequeño poblado de S. José, el jefe de su grupo la colocó de guardia en el alto de un despeñadero para vigilar el paso de toda la unidad guerrillera. Tras pasar el primer grupo y mientras esperaba el pasaje del segundo, vio surgir 16 soldados del Ejército. Quién venía al frente, posiblemente el comandante, paró la tropa y con 2 soldados más, resolvió investigar el terreno. Se dirigió para el lado de la joven combatiente. Esta decidió enfrentar los adversarios con el objetivo de avisar sus compañeros. Con un arma de caza abatió mortalmente el sargento armado de FAL y granadas. Al retirarse fue herida en las piernas. Entonces se atrincheró cómo pudo y, usando un revólver 38, mató un soldado fuertemente armado que se aproximaba. Hasta que terminó su munición, luchó con el grueso de la tropa del gobierno.
Aprisionada, Helenira se portó con dignidad propia de los mejores revolucionarios. Los militares la maltrataron de modo brutal para que dijera donde se encontraban los otros combatientes. Respondió que podían matarla, pues nada diría. Al día siguiente, tras sufrir las más bárbaras torturas, fue fríamente asesinada por sus verdugos.
Helenira, antes de venir para las matas de Araguaia, era destacada líder estudiantil. Como universitaria de Filosofía en São Paulo tuvo activa participación en las grandes manifestaciones de masas de 1968. Más recientemente, perteneció a la dirección de la Unión Nacional de Estudiantes, actuando en diferentes estados. Por fin, ingresó en el movimiento guerrillero para combatir, de armas en manos, el gobierno despótico de los generales. Disfrutaba de mucha popularidad entre los estudiantes de São Paulo, Bahia y Ceará.
La vida de Helenira es un ejemplo de valentía, desprendimiento y dedicación a la causa del pueblo. Es motivo de inspiración para toda la juventud, para todos los demócratas y patriotas. La Historia del Brasil señala pocas actitudes tan heroicas por parte de una mujer como la de esta corajosa guerrillera. Tres gestos marcan su trayectoria de luchadora de la libertad y de la emancipación nacional. El primero fue su incorporación voluntaria a la FF GG de Araguaia, hecho que, por sí sólo, reveló inmensa valentía. El segundo consistió en la denodada decisión de enfrentar sola una fuerza numerosa para garantizar la seguridad de sus hermanos de ideal, liquidando, a pesar de la enorme inferioridad de armas, dos enemigos. El tercero se expresó en la posición serena de preferir la tortura y la muerte a traicionar sus compañeros.
No fue vanamente el sacrificio de Helenira. Su actitud despertará un número siempre mayor de jóvenes en la lucha contra la dictadura, por la democracia y por la liberación del Brasil del yugo imperialista. Impulsará el ánimo combativo de los que ya se oponen a la tiranía y al dominio de la Nación por los monopolios extranjeros. Ayudará la revolución a avanzar. El lugar dejado por Helenira en las hileras de la guerrilla, con el correr del tiempo, será ocupado por miles y miles de nuevos luchadores. Una causa que hace surgir personas con las elevadas calidades morales de esta valiente revolucionaria sólo puede, más día menos día, ser victoriosa.
Las FF GG de Araguaia se enorgullecen de haber tenido cómo uno de sus miembros una combatiente como Helenira. Por eso, el Destacamento a que estaba incorporada llevará, de ahora en adelante, su honrado y glorioso nombre.
En algún lugar de las selvas de la Amazonia, 20 de octubre de 1972
El Comando de las Fuerzas Guerrilleras de Araguaia
Em luta contra forças militares da ditadura, a 29 de setembro de 1972 morreu a valorosa combatente das Forças Guerrilheiras do Araguaia Helenira Rezende Nazareth, conhecida entre seus companheiros pelo nome de Fátima e nas cidades onde desenvolveu atividade revolucionária pelo apelido de Preta.
No dia 28 de setembro, em plena selva, Helenira deslocou-se com o Destacamento a que pertencia para participar de operação contra o inimigo. Ao cruzar o caminho que leva à pequena corrutela de S. José, o chefe de seu grupo colocou-a de guarda no alto de um barranco a fim de vigiar a passagem de toda unidade guerrilheira. Depois de passar o primeiro grupo e enquanto esperava a passagem do segundo, viu surgir 16 soldados do Exército. O que vinha à frente, possivelmente o comandante, parou a tropa e com mais 2 praças, resolveu pesquisar o terreno. Dirigiu-se para o lado da jovem combatente. Esta decidiu enfrentar os adversários com o objetivo de avisar seus companheiros. Com uma arma de caça abateu mortalmente o sargento armado de FAL e granadas. Ao se retirar foi ferida nas pernas. Então entrincheirou-se como pôde e, usando um revólver 38, matou um soldado fortemente armado que se aproximava. Até que terminou sua munição, lutou com o grosso da tropa do governo.
Aprisionada, Helenira portou-se com dignidade própria dos melhores revolucionários. Os militares a maltrataram de modo brutal para que dissesse onde se encontravam os outros combatentes. Respondeu que podiam matá-la, pois nada diria. No dia seguinte, depois de sofrer as mais bárbaras torturas, foi friamente assassinada por seus algozes.
Helenira, antes de vir para as matas do Araguaia, era destacada líder estudantil. Como universitária de Filosofia em São Paulo teve ativa participação nas grandes manifestações de massas de 1968. Mais recentemente, pertenceu à diretoria da União Nacional de Estudantes, atuando em diferentes estados. Por fim, ingressou no movimento guerrilheiro para combater, de armas nas mãos, o governo despótico dos generais. Desfrutava de muita popularidade entre os estudantes de São Paulo, Bahia e Ceará.
A vida de Helenira é um exemplo de valentia, desprendimento e dedicação à causa do povo. É motivo de inspiração para toda juventude, para todos os democratas e patriotas. A História do Brasil assinala poucas atitudes tão heróicas por parte de uma mulher como a desta corajosa guerrilheira. Três gestos marcam sua trajetória de lutadora da liberdade e da emancipação nacional. O primeiro foi sua incorporação voluntária às FF GG do Araguaia, fato que, por si só, revelou imenso destemor. O segundo consistiu na denodada decisão de enfrentar sozinha uma força numerosa para garantir a segurança de seus irmãos de ideal, liquidando, apesar da enorme inferioridade de armas, dois inimigos. O terceiro se expressou na posição serena de preferir a tortura e a morte a trair seus companheiros.
Não foi em vão o sacrifício de Helenira. Sua atitude despertará um número sempre maior de jovens na luta contra a ditadura, pela democracia e pela libertação do Brasil do jugo imperialista. Impulsionará o ânimo combativo dos que já se opõem à tirania e ao domínio da Nação pelos monopólios estrangeiros. Ajudará a revolução a avançar. O lugar deixado por Helenira nas fileiras da guerrilha, no correr do tempo, será ocupado por milhares e milhares de novos lutadores. Uma causa que faz surgir pessoas com as elevadas qualidades morais desta destemida revolucionária só pode, mais dia menos dia, ser vitoriosa.
As FF GG do Araguaia orgulham-se de terem tido como um dos seus membros uma combatente como Helenira. Por isso, o Destacamento a que estava incorporada terá, de agora em diante, seu honrado e glorioso nome.
Em algum lugar das selvas da Amazônia, 20 de outubro de 1972
O Comando das Forças Guerrilheiras do Araguaia
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HELENIRA REZENDE. UNA HEROÍNA DEL PUEBLO
En lucha contra fuerzas militares de la dictadura, en 29 de septiembre de 1972 murió la valerosa combatiente de las Fuerzas Guerrilleras de AraguaiaHelenira Rezende Nazareth, conocida entre sus compañeros por el nombre de Fátima y en las ciudades donde desarrolló actividad revolucionaria por el apodo de Negra.
El día 28 de septiembre, en plena selva, Helenira se desplazó con el Destacamento a que pertenecía para participar de una operación contra el enemigo. Al cruzar el camino que lleva al pequeño poblado de S. José, el jefe de su grupo la colocó de guardia en el alto de un despeñadero para vigilar el paso de toda la unidad guerrillera. Tras pasar el primer grupo y mientras esperaba el pasaje del segundo, vio surgir 16 soldados del Ejército. Quién venía al frente, posiblemente el comandante, paró la tropa y con 2 soldados más, resolvió investigar el terreno. Se dirigió para el lado de la joven combatiente. Esta decidió enfrentar los adversarios con el objetivo de avisar sus compañeros. Con un arma de caza abatió mortalmente el sargento armado de FAL y granadas. Al retirarse fue herida en las piernas. Entonces se atrincheró cómo pudo y, usando un revólver 38, mató un soldado fuertemente armado que se aproximaba. Hasta que terminó su munición, luchó con el grueso de la tropa del gobierno.
Aprisionada, Helenira se portó con dignidad propia de los mejores revolucionarios. Los militares la maltrataron de modo brutal para que dijera donde se encontraban los otros combatientes. Respondió que podían matarla, pues nada diría. Al día siguiente, tras sufrir las más bárbaras torturas, fue fríamente asesinada por sus verdugos.
Helenira, antes de venir para las matas de Araguaia, era destacada líder estudiantil. Como universitaria de Filosofía en São Paulo tuvo activa participación en las grandes manifestaciones de masas de 1968. Más recientemente, perteneció a la dirección de la Unión Nacional de Estudiantes, actuando en diferentes estados. Por fin, ingresó en el movimiento guerrillero para combatir, de armas en manos, el gobierno despótico de los generales. Disfrutaba de mucha popularidad entre los estudiantes de São Paulo, Bahia y Ceará.
La vida de Helenira es un ejemplo de valentía, desprendimiento y dedicación a la causa del pueblo. Es motivo de inspiración para toda la juventud, para todos los demócratas y patriotas. La Historia del Brasil señala pocas actitudes tan heroicas por parte de una mujer como la de esta corajosa guerrillera. Tres gestos marcan su trayectoria de luchadora de la libertad y de la emancipación nacional. El primero fue su incorporación voluntaria a la FF GG de Araguaia, hecho que, por sí sólo, reveló inmensa valentía. El segundo consistió en la denodada decisión de enfrentar sola una fuerza numerosa para garantizar la seguridad de sus hermanos de ideal, liquidando, a pesar de la enorme inferioridad de armas, dos enemigos. El tercero se expresó en la posición serena de preferir la tortura y la muerte a traicionar sus compañeros.
No fue vanamente el sacrificio de Helenira. Su actitud despertará un número siempre mayor de jóvenes en la lucha contra la dictadura, por la democracia y por la liberación del Brasil del yugo imperialista. Impulsará el ánimo combativo de los que ya se oponen a la tiranía y al dominio de la Nación por los monopolios extranjeros. Ayudará la revolución a avanzar. El lugar dejado por Helenira en las hileras de la guerrilla, con el correr del tiempo, será ocupado por miles y miles de nuevos luchadores. Una causa que hace surgir personas con las elevadas calidades morales de esta valiente revolucionaria sólo puede, más día menos día, ser victoriosa.
Las FF GG de Araguaia se enorgullecen de haber tenido cómo uno de sus miembros una combatiente como Helenira. Por eso, el Destacamento a que estaba incorporada llevará, de ahora en adelante, su honrado y glorioso nombre.
En algún lugar de las selvas de la Amazonia, 20 de octubre de 1972
El Comando de las Fuerzas Guerrilleras de Araguaia